Passos Coelho chegou ao Campus da Justiça pelas 14:05 e avisou logo que não iria prestar declarações à entrada do tribunal por estar “um bocadinho atrasado”, uma vez que a sua audição estava agendada para as 14:00.

Sensivelmente duas horas e meia depois, o antigo governante abandonou as instalações, reiterando a sua vontade de não prestar declarações.

“Há de haver uma razão para estas audiências terem decorrido à porta fechada e, portanto, será junto do tribunal que deverá fazer a inquirição que considerar pertinente”, disse Passos Coelho, resumindo: “Recebi uma intimação para vir ao tribunal e vim, como qualquer cidadão. Se o tribunal entendeu que me devia ouvir e me intimou para esse efeito, eu aqui vim”.

A sessão de hoje da instrução do processo BES/GES contou ainda com as audições das testemunhas Eduardo Catroga e Adelino Matos, ambos arrolados pela defesa do ex-presidente do BES Ricardo Salgado.

O processo BES/GES conta com 29 arguidos (23 pessoas e seis empresas), num total de 356 crimes.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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