Foi assim que o líder norte-americano se posicionou quando questionado pela imprensa sobre a decisão de Putin de declarar lei marcial a partir de quinta-feira em quatro regiões ucranianas anexadas em 30 de setembro: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

“Acho que Vladimir Putin está numa posição incrivelmente difícil. O que [a declaração da lei marcial] reflete, na minha opinião, é que parece que a única ferramenta que lhe resta é tratar cruelmente os cidadãos da Ucrânia para tentar intimidá-los, para que se rendam. Mas eles não vão fazer isso”, afirmou.

No passado, Biden já usou palavra muito duras contra Putin, a quem chamou de “carniceiro” em março, ao mesmo tempo em que classificou as ações russas na guerra de “genocídio”, tendo enviado mais de 17,5 mil milhões de dólares (17,9 mil milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021.

O Departamento de Estado norte-americano também ecoou hoje a mensagem de Biden e, em conferência de imprensa, o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, classificou o anúncio de Putin de uma “tática desesperada” para controlar os territórios anexados.

“Não importa o que o Kremlin diga ou faça. Não importa o que eles tentem através de decretos”, disse Patel, que enfatizou que a Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia “são territórios ucranianos” e o povo ucraniano rejeita a presença russa.

“Qualquer reivindicação sobre esses territórios é ilegítima”, enfatizou Patel.

Além de decretar a lei marcial, Putin anunciou hoje a criação de unidades de defesa territorial nesses territórios anexados.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, desencadeando uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada a mais grave crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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