Questionado no programa “60 Minutos” da CBS se “os americanos defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa”, o líder dos EUA respondeu: “Sim, se de facto ocorresse um ataque sem precedentes”.
O Presidente dos EUA fez questão de sublinhar que não estava a “encorajar” a ilha a declarar a independência. “A decisão é deles”, afirmou.
A China considera Taiwan, com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa (1949).
Em sete décadas, o exército comunista nunca conseguiu conquistar a ilha, que permaneceu sob o controlo da República da China – o regime que em tempos governou a China continental e agora apenas governa Taiwan.
Joe Biden já tinha irritado Pequim ao dizer no final de maio que os EUA iriam intervir militarmente em apoio a Taiwan no caso de uma invasão da China comunista.
Depois voltou atrás, afirmando o seu compromisso com a “ambiguidade estratégica”, um conceito deliberadamente vago que tem governado a política dos EUA em Taiwan durante décadas.
A “ambiguidade estratégica”, que consiste em Washington se abster de dizer se os Estados Unidos interviriam ou não militarmente para defender Taiwan em caso de invasão, tem ajudado até agora a manter uma certa estabilidade na região.
A pressão sobre Taiwan tem aumentado desde que Xi Jinping chegou ao poder em Pequim há uma década.
As tensões atingiram o nível mais alto em décadas no mês passado. A China conduziu exercícios militares em grande escala em torno de Taiwan, uma demonstração de força sem precedentes em retaliação a uma visita a Taipé da líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi.
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