“Em todo o país foram detidas mais de duas mil pessoas, entre outros motivos, pela participação em atos não autorizados”, referiu o Ministério do Interior da Bielorrússia em comunicado.
As principais manifestações mais participadas, indica a mesma nota, decorreram em Minsk, Brest, Moguiliov e Novopolotsk.
Segundo as forças da ordem, durante as manifestações registaram-se agressões contra os agentes tendo 21 polícias ficado feridos.
As eleições presidenciais de domingo são consideradas fraudulentas e desencadearam uma vaga de protestos contra o governo.
Oficialmente morreu um manifestante na segunda-feira.
No dia após as eleições, o Ministério do Interior informou que três mil pessoas foram detidas, entre as quais, jornalistas russos e bielorrussos.
A principal opositora ao regime ditatorial de Lukashenko pediu a impugnação dos resultados eleitorais e refugiou-se hoje na Lituânia.
Num vídeo divulgado hoje, Svetlana Tikhanovskaia confirmou ter tomado a “decisão difícil” de abandonar a Bielorrússia.
“Tomei a decisão sozinha […] e sei que muitos me condenam, muitos me compreendem, muitos me odeiam”, afirmou Tikhanovskaia, candidata presidencial que, em várias semanas, mobilizou, para surpresa geral, multidões contra o regime de Alexander Lukashenko, vencedor da votação de domingo (cerca de 80% dos votos) e no poder há 26 anos.
De acordo com membros da oposição foi obrigada a abandonar o país.
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