"Para além do encerramento de uma unidade de lavandaria que serve três hospitais, estão em risco 25 postos de trabalho em plena crise pandémica. Estes são profissionais que estiveram também na linha da frente durante o período mais crítico da epidemia e é inaceitável que se atire para o desemprego quem serviu, e serve, o Serviço Nacional de Saúde", aponta o BE na questão apresentada na Assembleia da República.

Assinado pelo deputado Moisés Ferreira, o documento recorda as notícias que dão conta do eventual encerramento desta unidade, que serve os hospitais da Covilhã, Fundão e Castelo Branco, no distrito de Castelo Branco, e que é gerida pelo SUCH - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais.

Lembrando que o SUCH é uma entidade tutelada pelo Ministério da Saúde, o BE defende que "é necessário que sejam dadas as explicações" que justifiquem aquilo que se está a passar, designadamente as alegadas indicações para parar as máquinas, a dispensa de alguns trabalhadores de se apresentarem ao trabalho na segunda-feira e o alegado encaminhamento de serviço para a estrutura do SUCH em Via Longa, Vila Franca de Xira.

"Não se compreende como é que em plena pandemia, e a servir três unidades hospitalares, este serviço é abruptamente interrompido e se redireciona o trabalho para uma unidade localizada a mais de 232 quilómetros. Acresce a tudo isto que, com a retoma do normal funcionamento dos hospitais, faz ainda menos sentido o encerramento deste serviço", fundamenta.

O BE quer saber se o Ministério da Saúde tem conhecimento da situação, se está disposto a "interceder junto do SUCH de forma a perceber o que motivou este encerramento" e se "está disposto a proibir este encerramento, desta forma salvaguardando o emprego destas profissionais".