“Os bombeiros não precisam de mais dinheiro, basta reorganizá-lo”, disse Fernando Curto no seminário “Estruturas de socorro em Portugal: novos paradigmas”, organizado pela ANBP.

Esta foi uma das conclusões a que Fernando Curto chegou na sua tese intitulada “Financiamento das estruturas de bombeiros em Portugal: Um estudo comparativo entre os bombeiros Profissionais e os bombeiros Voluntários”, apresentada na Universidad Europea de Madrid, e que serviu de base para o seminário.

O presidente da ANBP adiantou que o financiamento dos bombeiros e a proteção civil precisam de uma reorganização financeira, que caso se verificasse “não eram necessárias muitas das verbas.

Na tese, em que foram estudados os financiamentos das associações humanitárias dos bombeiros voluntários, das câmaras e os orçamentos da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Fernando Curto concluiu também que “toda a área financeira dos bombeiros devia estar centrada na ANPC”.

O mesmo responsável sustentou que todas as verbas e organização financeira da proteção civil, seja bombeiros voluntários ou profissionais, deviam ser supervisionadas pela ANPC, permitindo uma clarificação e identificação de todo o financiamento, nomeadamente campanhas de solidariedade.

Ao comparar o financiamento dos municípios que têm bombeiros voluntários e municipais, o presidente da ANPC concluiu que há “uma disparidade brutal”, sendo o orçamento dos voluntários maior do que os municipais.