"Trata-se de uma situação em que têm de ser apuradas as responsabilidades. Será aberto o devido inquérito. Como sabem, é uma estrada municipal relativamente à qual é preciso também apoiar a recuperação, mas é um tema que nos condói a todos", afirmou em declarações aos jornalistas.

Pedro Siza Viera falava em Penamacor, no distrito de Castelo Branco, à saída de uma reunião com os presidentes das comunidades intermunicipais da Beira Baixa e das Beiras e Serra da Estrela e na qual também estiveram presentes o primeiro-ministro e o ministro do Planeamento e Infraestruturas.

À saída do encontro, apenas Pedro Siza Viera prestou declarações, tendo apresentado publicamente condolências às famílias das vítimas e deixado uma palavra de apoio aos operacionais que se mantêm no terreno.

"É uma tragédia, lamentamos o ocorrido. Damos as condolências sinceras às famílias enlutadas", disse.

Questionado sobre as notícias que dão conta de alertas que já tinham sido deixados relativamente aos riscos existentes naquela via e às eventuais responsabilidades do Governo, Pedro Siza Vieira frisou que esta estrada já estava sob a alçada municipal há 13 anos e reiterou que toda a situação terá de ser apurada.

"Neste momento, o mais importante é apoiarmos aqueles que estão a tentar resgatar os corpos e a tentar ajudar a consolidar a situação daquela estrada", ressalvou, garantindo que o Governo continuará a acompanhar o caso.

O deslizamento de um grande volume de terra na estrada entre Borba a Vila Viçosa, no distrito de Évora, provocou a deslocação de uma quantidade muito significativa de rochas, de blocos de mármore e de terra para o interior de uma pedreira, pelas 15:45 de segunda-feira.

Estão confirmados dois mortos, operários da empresa que explora a pedreira.

As autoridades procuram ainda um número indeterminado de vítimas, cujas viaturas em que seguiam terão sido arrastadas para o interior da pedreira.