“A mensagem é muito clara: temos um ‘problema russo’ diante de nós e isso representa um grande desafio”, disse Borrell durante o seu discurso na Conferência de Segurança de Munique, que decorreu este fim de semana.

Borrell acrescentou que os esforços militares “devem ser importantes, em cooperação com parceiros-chave como os Estados Unidos”, mas é preciso “considerar diferentes cenários”, não descartando um maior envolvimento de Washington na segurança do continente europeu.

“Devemos preparar-nos para um longo período de tensão nas relações com a Rússia, que pode estar a preparar um longo confronto com os países da NATO”, acrescentou o chefe da diplomacia europeia.

Neste sentido, explicou que a segurança europeia exige continuar a atribuir ajuda económica e militar à Ucrânia, de forma mais célere.

“Devemos definir as nossas obrigações de segurança para com a Ucrânia e olhar para o futuro porque depois da adesão da Ucrânia, a Europa será diferente”, disse.

A situação na Ucrânia, onde a Rússia obteve uma das suas maiores vitórias desde a primavera passada, no dia anterior, “exige que trabalhemos juntos, mais rápido e melhor” e sejamos “muito mais ágeis e mais diretos”, acrescentou o alto representante.

“Temos que conseguir financiar, alterar procedimentos […] Daqui a três meses, as coisas estarão decididas no campo de batalha e não podemos esperar mais”, frisou.