“Compreendo os vossos medos e a vossa dor. Compreendo a vossa raiva. Mas permitam-me que vos peça para não deixarem que o vosso ódio vos consuma”, declarou o diplomata espanhol durante uma visita a um ‘kibutz’ no sul de Israel devastado pelos ataques de 07 de outubro.

Borrell apelou também à “libertação imediata e incondicional” das pessoas feitas reféns nesse dia.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do movimento palestiniano de 07 de outubro, o primeiro do género desde a criação de Israel.

Do lado israelita, cerca de 1.200 pessoas foram mortas, sobretudo civis, massacrados nesse dia, e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns, segundo as autoridades.

Em retaliação, Israel tem bombardeado implacavelmente a Faixa de Gaza, que se encontra sob um cerco total. Os bombardeamentos israelitas mataram mais de 11.500 pessoas, na sua maioria civis, incluindo 4.710 crianças, de acordo com o governo do Hamas.

Ao falar no ‘kibutz’ Beeri, onde pelo menos 85 pessoas morreram e cerca de três dezenas foram feitas reféns no dia do ataque, Borrell afirmou que Israel “tem de ser defendido”, mas acrescentou que “um horror não justifica outro”.

“Morreram muitos civis inocentes, incluindo milhares de mulheres e crianças inocentes, nas últimas semanas”, frisou Borrell.

A dramática situação humanitária da população da Faixa de Gaza envolvida nos combates está a causar preocupação na comunidade internacional.

Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU apelou a “pausas e corredores humanitários alargados e urgentes” para permitir a entrega de ajuda aos civis no território palestiniano.