A formação que foi dada a estes oficiais da polícia vai servir para depois formar outros agentes nas regiões ucranianas que tinham sido anexadas pela Rússia que foram reconquistadas ao longo dos quase dois anos de conflito.
“Hoje assistimos a um exercício de treino para uma missão da polícia […], estabilizar os territórios libertados”, disse Josep Borrell no final da visita, de acordo com um comunicado divulgado.
“Estamos a treinar mais de 150 elementos da Polícia Nacional e da Guarda Nacional [ucranianas], que vão tornar-se formadores dos seus camaradas para, em efeito cascata, darem assistência às forças de segurança da Ucrânia”, continuou o chefe da diplomacia europeia.
Josep Borrell alertou que os militares estão a deparar-se com situações fora do habitual desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há praticamente dois anos.
Os polícias também “estão a viver situações difíceis, por exemplo, com a descoberta de valas comuns” e a necessidade de “informar os familiares”.
“Não é uma brincadeira. Isto é algo que tem de ser feito com a capacidade psicológica adequada para aliviar tanto quanto possível as situações traumáticas psicológicas das famílias”, acrescentou.
O chefe da diplomacia europeia disse estar “orgulhoso” do trabalho desenvolvido pelos agentes dos quatro países europeus e pela coordenação cada vez maior entre os países da UE e a Ucrânia.
“Vamos treinar estes 150 que por sua vez treinarão outros, e outros, e outros mais, é uma pirâmide, até que todas as forças de segurança da Ucrânia tenham o treino adequado para enfrentar algo mais difícil do que podiam imaginar: recuperar o controlo dos territórios, restaurar a vida, apoiar a população e fazer com que as instituições públicas funcionem novamente”, adiantou.
Borrell está entre hoje e quarta-feira na Ucrânia, a propósito do segundo aniversário do início da invasão russa, percorrendo a capital e localidades nos arredores.
O alto-representante para a Política de Segurança tem encontros previstos com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, com outros elementos do Governo e com o Presidente, Volodymyr Zelensky.
Comentários