O presidente da associação, Mário Meireles, revelou à Lusa que a petição pode ser assinada online no site das petições públicas e que o “objetivo é atingir as 1.500 necessárias para a fazer chegar à Assembleia Municipal de Braga”.

No comunicado, a associação explica que o sistema que pretendem ver instalado é semelhante às GIRA operadas em Lisboa, e que querem seja operado pelos TUB, possuindo 1.000 bicicletas e 1.440 docas espalhadas por 72 estações.

“Os sistemas de bicicletas partilhadas já tiveram várias formas de funcionamento na Europa, mas a sua essência, o seu objetivo mantém-se simples: permitir a utilização do mesmo veículo por vários utilizadores e que uma pessoa retire uma bicicleta num determinado ponto e a devolva ao sistema noutro local”, lê-se na publicação da Braga Ciclável.

Associação recorda que em Braga, em 2007, a Universidade do Minho lançou as BUTE, um sistema de aluguer de bicicletas para alunos e docentes da Universidade do Minho: “as bicicletas chegaram a andar na cidade, mas com a infraestrutura existente, as pessoas tinham medo de as utilizar”, assinala a publicação.

Em 2009, continua a associação, “os TUB apresentaram o projeto TUBiclas (…) de partilha/aluguer de bicicletas que pretendia servir todos aqueles que pretendessem utilizar a bicicleta para se deslocar no seio urbano, quer em complementaridade com a TUB, quer exclusivamente, (…) mas nunca saiu do papel”.

“Em 2013, o Plano Diretor Municipal foi revisto, passando nele a constar a previsão de um sistema de BikeSharing [partilha de bicicletas] público para a cidade com 1.000 bicicletas e 1.440 Dock Stations [docas], distribuídas por 72 estações. Para garantir a utilização do sistema, o Município tem no PDM [Plano Diretor Municipal] a criação de 76 quilómetros de vias cicláveis, entre as quais cerca de 20 km de ciclovias”, prossegue o comunicado.

Mais recentemente, em 2022, recorda a Braga Ciclável, “um operador privado colocou 60 bicicletas em Braga num sistema `dockless´ [sem estação], com bicicletas rígidas, totalmente elétricas, caro para o utilizador e sem uma rede ciclável a garantir a segurança dos utilizadores. As bicicletas desapareceram da cidade sem explicação, inclusive sem conhecimento do executivo municipal”.

Defendendo que o sistema de bicicletas partilhadas “pode ser visto como uma parte do sistema de transportes públicos, sendo um precioso aliado dos sistemas rodoviários e ferroviários de transportes de passageiros”, a associação assinala que “em algumas cidades onde foi implementado aumentou em 10 vezes o raio de ação das paragens e estações dos serviços pesados de transportes públicos”.