O presidente da autarquia, Ricardo Rio, e vereador do Ambiente, Altino Bessa, visitaram esta tarde as zonas intervencionadas e em declarações aos jornalistas realçaram que é um trabalho "que não se esgota" e que começou "logo após os acontecimentos", com o levantamento das linhas de água afetadas e do tipo de intervenções necessárias

As obras estão a ter lugar nas freguesias de Esporões, União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães, Nogueiró e Tenões, Santa Lucrécia e Navarra e Crespos e Pousada, sendo que a autarquia espera a conclusão das intervenções no terreno até ao final do ano, caso as condições climatéricas assim o permitam.

"É um trabalho que se sente no terreno e que não se esgota. Alia-se a esta componente uma dimensão corretiva de valorização dos cursos de água e de reflorestação e acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos por particulares, inclusivamente com o município a disponibilizar-se para elaborar projetos que visem o uso de espécies autóctones", referiu Ricardo Rio.

A autarquia, esclareceram os autarcas, recorreram a "fundos próprios" e a financiamentos atribuídos pela Agência Portuguesa do Ambiente através do Fundo Ambiental e pelo PDR 2020.

As intervenções em curso, explicou o vereador, "visam proteger as encostas e recuperar o regime hidrológico das linhas de água, entre outras medidas de proteção, como a recuperação de infraestruturas danificas, controlo de erosão, obras de correção torrencial de pequena dimensão e instalação de faixas de proteção através de sementeira/plantação".

Os trabalhos incluem intervenções a "montante e a jusante da área ardida e contempla igualmente a recuperação de linhas de água em incêndios de menos de 750 hectares".

A reabilitação das linhas de água permite o controlo dos episódios de cheias, o aumento da qualidade da água, o controlo dos processos erosivos nas margens, a melhoria da qualidade dos solos e a maior preservação da biodiversidade.