“Sob o pretexto de cumprir sua agenda oficial, ele [Bolsonaro] participou de uma caravana de motocicletas com grande número de pessoas. Foi um evento de grande impacto eleitoral. Nossa jurisprudência se baseia na natureza eleitoral desse tipo de evento. A organização anterior e a presença do candidato comprova isso”, explicou Ricardo Lewandowski, juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) e vice-presidente do TSE.

Durante aquela enorme viagem de moto, Bolsonaro e sua equipa teriam solicitado antecipadamente o voto na sua candidatura para as presidenciais de 2 de outubro, nas quais o Presidente, na melhor das hipóteses, ficaria em segundo lugar e atrás do favorito, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão foi tomada na sequência de uma queixa do Partido dos Trabalhadores (PT) contra uma decisão anterior da juíza Maria Claudia Bucchianeri, que inicialmente considerou que a equipa de campanha de Bolsonaro não solicitou explicitamente o voto, lembra o jornal ‘O Globo ‘.

Nas últimas sondagens divulgada pelos institutos IPEC e Datafolha nesta segunda-feira, Lula da Silva continua liderando a corrida presidencial com 47% das intenções de voto entre os brasileiros, a apenas três pontos percentuais da vitória na primeira volta enquanto Bolsonaro permanece com 31%.

No nível estadual, as sondagens desta terça-feira mostram como Lula da Silva conseguiu se colocar na vanguarda da intenção de votar no Rio de Janeiro, com 41%, registando quatro pontos a mais do que Bolsonaro.

Em São Paulo, a situação também é favorável ao líder do PT, com vantagem que chega a dez pontos percentuais a Bolsonaro, distância que chega a 15 pontos em Minas Gerais.

A eleição presidencial no Brasil tem a primeira volta marcada para 02 de outubro e a segunda, caso seja necessária, a 30.

Atualmente, 10 candidatos disputam as presidenciais brasileiras: Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D’Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.