"Composta por 29 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, essa equipa desenvolverá ações emergenciais nas províncias de Sofala e de Cabo Delgado até ao dia 07 de junho, atendendo a solicitações das autoridades moçambicanas e das agências das Nações Unidas", informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, na sua página da internet.

A tutela anunciou ainda que a nova equipa partiu para Moçambique no fim de semana passado, e que o grupo que estava em terreno moçambicano desde o dia 01 de abril regressou esta terça-feira ao Brasil.

"A primeira equipa humanitária brasileira, que regressa hoje (terça-feira) ao Brasil, chegou a Moçambique em 01 de abril, com 40 membros daquelas mesmas corporações. Desde então, as ações humanitárias do Brasil em Moçambique beneficiaram milhares de vítimas dos ciclones, com operações de busca e salvamento, distribuição de cestas básicas e vacinas, desobstrução de vias de acesso em lugares remotos e construção de duas pontes e barracas para desabrigados, entre outras atividades", acrescentou a pasta.

O Governo brasileiro tinha anunciado no final de abril a deslocação para as regiões moçambicanas afetadas pelo ciclone Kenneth a equipa de ajuda humanitária, composta por 40 profissionais, que já se encontrava no país desde a passagem do ciclone Idai.

O executivo moçambicano desativou na terça-feira o alerta vermelho que havia decretado em março na sequência do ciclone Idai, terminando oficialmente a mobilização de meios, salvamento de pessoas e retirada compulsiva de pessoas das zonas de risco.

O número de mortos provocados pelo ciclone Kenneth no Norte de Moçambique subiu na segunda-feira de 41 para 43, anunciaram as autoridades moçambicanas.

A contabilização de pessoas afetadas subiu também de 241.000 para cerca de 250.000, mais de metade das quais em quatro distritos: Macomia (85.225), Mueda (25.680), Chiure (24.435) e Quissanga (21.154).

O ciclone Kenneth foi o primeiro a atingir o Norte de Moçambique desde que há registos e foi classificado com um grau de destruição de categoria quatro (numa escala de um a cinco, do mais fraco ao mais forte).

Moçambique foi pela primeira vez atingido por dois ciclones na mesma época chuvosa (de novembro a abril), depois de em março o ciclone Idai, de categoria três, ter atingido o cento de Moçambique onde provocou 603 mortos.