O objetivo do projeto é enviar uma sonda até à órbita da Lua, a 384,400 quilómetros da Terra, de onde recolherá dados sobre a superfície lunar e conduzirá experiências científicas pioneiras com micróbios, moléculas e células humanas.
O projeto Garatéa-L, coordenado por investigadores do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, tem um custo de 35 milhões de reais (9,69 milhões de euros), segundo uma nota publicada hoje no ‘site’ da USP.
“A ideia é beneficiarmos da recente revolução dos nanossatélites, mais conhecidos como cubesats, para colocar o país no mapa da exploração interplanetária”, disse Lucas Fonseca, engenheiro espacial da empresa Airvantis e gerente do projeto Garatéa-L.
Segundo a nota da USP, “um instrumento embarcado também fará a medição dos níveis de radiação em órbita cislunar, um resultado que terá importância para planos internacionais futuros de missões tripuladas de longa duração à Lua”.
A iniciativa conta com contribuições e participantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, da USP, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, do Instituto Mauá de Tecnologia e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
O lançamento será realizado numa parceria entre duas empresas britânicas com as agências espaciais europeia (ESA) e do Reino Unido (UK Space Agency), que no mesmo voo deverão enviar a primeira missão ao espaço profundo de caráter comercial.
O veículo lançador contratado é o indiano PSLV-C11, o mesmo foguete que enviou com sucesso a missão Chandrayaan-1 para a Lua, em 2008, segundo a USP.
Na nota lê-se ainda que “a espaçonave precisa de estar pronta para voar até setembro de 2019, mesmo ano em que se completa o cinquentenário do primeiro pouso do homem na Lua”.
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