Encarregado da segurança na capital brasileira por ordem do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva após os graves ataques de domingo, Cappelli anunciou o número de oficiais feridos após visitar o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

“Vim prestar minha solidariedade aos 44 policiais militares feridos. Ouvi relatos impressionantes de bravura de nossos homens e mulheres. É difícil de acreditar, mas poderia ter sido pior”, escreveu no Twitter.

As investigações sugerem que a tentativa de golpe teve o possível “consentimento” das autoridades locais e de grupos de agentes policiais, alguns dos quais não agiram face ao ataque violento e outros até tiraram fotografias com os insurrectos.

“A Corregedoria da Polícia Militar já instaurou 4 inquéritos para apurar a conduta inadequada de agentes da lei no último dia 8. As investigações estão apenas começando. Vamos até as últimas consequências. Vamos separar o joio do trigo. A lei será cumprida”, acrescentou.

A intervenção decretada por Lula da Silva na área de segurança de Brasília irá durar pelo menos até 31 de Janeiro.

Na quinta-feira, o próprio Lula da Silva acusou polícias e militares de “abrirem a porta” do Palácio do Planalto.

Ao mesmo tempo, o Supremo Tribunal Federal abriu investigações contra o governador de Brasília, Ibaneis Rocha, suspenso do cargo durante 90 dias, e o antigo secretário de segurança Anderson Torres, que era ministro da justiça de Bolsonaro e que está sob um mandado de prisão pela sua alegada “omissão” no assalto.