No documento, os 400 signatários dizem que Lula da Silva deve avaliar “a possibilidade de, desde já, lançar sua candidatura à Presidência da República como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam”.
O texto também elogia o legado do ex-Presidente, que exerceu dois mandatos, entre 2003 e 2011, e deixou o poder com elevados índices de popularidade.
“Ele [Lula da Silva] era um trabalhador, filho da pobreza nordestina, que assumiu, alguns anos atrás, a Presidência da República e deu significado substantivo e autêntico à democracia brasileira. Descobrimos, então, que não há democracia na fome, na ausência de participação política efetiva, sem educação e saúde de qualidade, sem habitação digna, enfim, sem inclusão social”, lê-se no manifesto.
Entre os signatários figuram Leonardo Boff, o escritor e jornalista Fernando de Moraes, o líder do Movimento dos Sem Terra (MTS), João Pedro Stedile, e o ex-ministro da Justiça Eugenio Aragão, os sambistas Martinho da Vila e Beth Carvalho.
A candidatura de Lula da Silva tem sido motivo de especulação desde o ano passado.
O próprio ex-Presidente já colocou em espera a sua nomeação para as eleições do próximo ano, apesar das investigações e acusações de corrupção envolvendo-o e ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Lula da Silva é um dos políticos arguidos em cinco processos da Justiça brasileira que investigam o seu suposto envolvimento no escândalo de corrupção da companhia petrolífera estatal Petrobras.
O ex-Presidente insiste em defender a sua inocência e já denunciou ser alvo de uma “perseguição política e judicial” para o afastar da cena política, uma vez que se for condenado em tribunais do Brasil de primeira e de segunda a lei eleitoral impede-o de se candidatar a cargos públicos.
Apesar dos problemas, o ex-chefe de Estado lidera as sondagens de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2018 e domina todos os cenários seja qual for o adversário na corrida.
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