O Grupo de Acompanhamento e Avaliação, integrado pela marinha brasileira, confirmou através de um comunicado que foram encontrados naquela praia cerca de 300 gramas de crude e constatou que o mesmo tinha origem num derrame suspeito verificado no nordeste do país.
Um grupo da marinha do Brasil e de responsáveis ambientais foi enviado para o local para a recolha de amostras e limpeza, assim como para monitorizar a eventual identificação de mais crude, que pela primeira vez aparece no estado do Rio de Janeiro, depois de há duas semanas ter alcançado o litoral de Espírito Santo, o primeiro no estado afetado do sudeste brasileiro.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, referiu-se hoje à presença do crude no seu estado, sublinhado a vontade do executivo brasileiro de identificar os autores deste “ato criminoso”.
“Se, na pior das hipóteses, um petroleiro vazou toda a sua carga de petróleo no mar, menos de 10% alcançou a nossa costa e temos que nos preparar ainda para o pior. Pedimos a Deus que isso não aconteça”, afirmou aos jornalistas.
Estudos laboratoriais levados a cabo pela petrolífera estatal brasileira, Petrobrás, concluíram que o crude encontrado foi extraído de três poços venezuelanos, mas as autoridades brasileiras não confirmaram ainda quando nem onde ocorreu o derrame a cerca de 700 quilómetros da costa de Pernambuco.
Alguns navios de armadores gregos e alemães estão numa lista de dez embarcações suspeitas de terem causado o derrame quando transportavam o crude venezuelano junto à costa brasileira.
O último relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) fez saber na passada sexta-feira, ainda sem informação do Rio de Janeiro, que as manchas de crude alcançaram 724 praias de 120 municípios de todos os nove estados do nordeste e ainda de Espírito Santo, no sudeste.
O mesmo relatório deu conta que 143 animais, na sua maioria tartarugas marinhas, foram encontrados com vestígios de crude, das quais 98 morreram.
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