As medidas foram hoje anunciadas pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
O decreto que oficializa a medida, cuja publicação está agendada para hoje, também determinará que bares e restaurantes reduzam a movimentação de clientes em 30% e que nos centros comerciais apenas permaneçam abertas as praças de restauração.
O governador estadual reiterou, em conferência de imprensa, a importância de seguir as recomendações das autoridades, num apelo aos jovens e àqueles que “não entenderam que estão a tentar evitar mais mortes como as que estão a ocorrer em Itália, Espanha e Coreia do Sul”.
Em relação às medidas adotadas nos restaurantes, o governador aconselhou os habitantes do Rio de Janeiro a optarem por entregas ao domicílio ou a comprarem comida e levá-la para casa, de forma a evitar aglomerações de pessoas.
Segundo Witzel, foi decretado o estado de emergência para justificar as medidas adotadas para fazer frente ao novo coronavírus e apoiar comerciantes e empresários.
Nesse sentido, Witzel anunciou que o governo estadual desembolsará 320 milhões de reais (57 milhões de euros) para apoiar financeiramente os pequenos empresários afetados pelo impacto causado pela Covid-19.
O governador frisou várias vezes um pedido de cuidado especial para com os idosos e pessoas mais vulneráveis à contração do vírus.
As novas medidas que serão adotadas a partir de terça-feora no Rio de Janeiro juntam-se àquelas que já tinham sido anunciadas na semana passada, como a suspensão das aulas nas escolas públicas, além de espetáculos e qualquer tipo de evento desportivo em todos os municípios da região.
O número de casos confirmados no Brasil do novo coronavírus aumentou para 234, sendo que o Ministério da Saúde monitoriza 2.064 casos suspeitos, informou hoje o Governo brasileiro.
São Paulo é responsável por mais da metade dos casos, registando, de momento, 152 infetados. Seguem-se os estados do Rio de Janeiro, com 31 casos confirmados e o Distrito Federal com 14.
Rio de Janeiro e São Paulo são os estados que já registam casos de transmissão comunitária, que é quando há uma maior difusão do vírus, e as autoridades de saúde já não conseguem identificar a trajetória de infeção.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
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