Segundo a delegação da UE na China, Borrell e Wang mantiveram na sexta-feira conversações pelo telefone durante as quais debateram a luta contra a Covid-19 e a agenda bilateral entre as duas partes.

Ambos indicaram que a Covid-19 representa um “desafio considerável” para os países em vias de desenvolvimento, especialmente “os menos desenvolvidos e os que estão submersos em conflitos”.

Borrell sublinhou que “a solidariedade internacional e a cooperação são essenciais” perante a pandemia da Covid-19, e agradeceu em nome da Europa o apoio da China “num momento tão difícil”.

O espanhol afirmou que viajará a Pequim para participar no Diálogo Estratégico UE-China quando terminarem as restrições às viagens e se possam retomar as cimeiras políticas de alto nível.

Por outro lado, a televisão pública chinesa CGTN referiu que Wang pediu para não se politizar a cooperação na luta contra a Covid-19.

O chefe da diplomacia chinesa assegurou que a ajuda prestada pela China à Europa é marcada pelo “espírito humanitário internacional”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 57 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 587 mil infetados e quase 42 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 14.681 óbitos em 119.827 casos confirmados até hoje.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, enquanto os Estados Unidos, com 6.699 mortos, são o que contabiliza mais infetados (261.438).