A aliança de autarquias conhecida como C40, na qual se inclui a capital portuguesa, esteve reunida durante quatro dias, em Copenhaga, capital da Dinamarca, e contou também com a presença de líderes políticos, empresariais, científicos, bem como de ativistas.
Entre os principais compromissos adotados no encontro encontram-se a celebração de um novo pacto verde para fazer face à emergência climática, reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa em setores como os transportes, a indústria, a construção e o tratamento de resíduos.
Por outro lado, 14 cidades, como Barcelona e Lima, acordaram aplicar até 2030 um conjunto de políticas que estimulem uma dieta mais saudável e sustentável, reduzindo o desperdício e apostando em produtos orgânicos.
Ao nível da qualidade do ar, 30 cidades defenderam que respirar ar puro é um direito, comprometendo-se a tomar uma posição para evitar as 40 mil mortes anuais que se têm registado devido à poluição atmosférica.
Para isso, a aposta vai passar, entre outros pontos, por transportes com baixas emissões e incentivar o uso de bicicletas e de combustíveis mais limpos.
Copenhaga, Oslo e Estocolmo acordaram, por seu turno, impulsionar regulamentações políticas para reduzir o uso de combustíveis fósseis no setor da construção.
De acordo com a agência EFE, um relatório divulgado durante a cimeira apontou que as emissões das infraestruturas poderiam ser reduzidas em 44% até 2050, substituindo por madeira sustentável os materiais responsáveis pelas maiores emissões.
Por último, o C40 anunciou também a criação de uma iniciativa global para os jovens, que permita a colaboração entre os líderes de movimentos climáticos de todo o mundo, com o objetivo de impulsionar o novo pacto verde global.
Na sexta-feira, o secretário-geral da ONU defendeu, durante a cimeira do grupo C40, que eleitos e cidadãos devem exercer o “máximo de pressão” sobre os governos para alcançarem o objetivo de neutralidade carbónica no planeta em 2050.
“É muito importante exercer o máximo de pressão sobre os governos para que aceitem este nosso objetivo de neutralidade carbónica”, disse, na altura, António Guterres aos autarcas e aos representantes dos jovens empenhados pelo clima.
“Hoje vemos as empresas, as cidades e a sociedade mudar mais rapidamente do que os governos”, insistiu.
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