"No último ano e meio, a GNR afirmou-se verdadeiramente como a força de segurança da coesão nacional. Num tempo difícil foi um exemplo de proximidade, capacidade operacional e solidariedade", afirmou Eduardo Cabrita durante a cerimónia de condecoração que decorreu no quartel-general da Guarda, em Lisboa.
Segundo o ministro, apesar de Portugal ter vivido tempos complicados devido à covid-19, que obrigaram a adaptações a uma realidade nunca experienciada e a aplicação de vários períodos de estado de emergência, a GNR "foi sempre uma referência no planeamento operacional e soube corresponder a todas as missões" nas diversas vertentes, que lhes foram confiadas, lembrando as mais de mil desinfeções realizadas em lares de idosos.
António de Oliveira Boga, coronel de Administração Militar, de 54 anos, é desde hoje o primeiro oficial general oriundo dos quadros da GNR, tendo recebido do primeiro-ministro a espada de oficial-general, um momento que o comandante-geral da GNR, Rui Manuel Clero, classificou como "dia histórico e cheio de simbologia", lembrando que em 110 anos de história a instituição foi sempre comandada por militares do exército.
"A cerimónia é um passo histórico nos 110 anos de vida da GNR, em que os cargos de topo têm sido ocupados exclusivamente por oficiais generais do Exército", afirmou o comandante-geral.
O quadro próprio de oficiais-generais da GNR foi criado em 2020 pelo ministro da Administração Interna.
As promoções dos três primeiros coronéis da GNR que podem chegar ao topo da hierarquia desta força de segurança foram publicadas na sexta-feira em Diário da República.
Estes três oficiais - o coronel de administração militar António Bogas e os coronéis de Infantaria Rui Veloso e Paulo Silvério - são os primeiros militares da GNR com formação completa na força de segurança que podem assumir funções de topo na Guarda.
António Bogas, Rui Veloso e Paulo Silvério terminaram em julho de 2020 o curso de promoção a oficial general, que foi o primeiro a integrar oficiais da GNR.
A chegada de oficiais formados na GNR e o fim dos generais do Exército a comandar a Guarda Nacional Republicana é uma das mais antigas ambições dos militares desta força de segurança.
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