O evento, que conta com 170 expositores e mais de dois mil participantes, é "dirigido a um público amante dos animais de estimação, que vem com curiosidade conhecer o Pet Festival, e vem interagir com todas as atividades" que irão decorrer naquele espaço, disse à agência Lusa o gestor Miguel Anjos.

Entre os eventos contam-se exposições, concursos internacionais de agilidade e beleza, provas hípicas e também 'horseball', uma espécie de futebol, mas a cavalo.

A novidade este ano, porém, é o concurso destinado a "cães com talentos especiais", explicou o organizador.

"A par disto, temos exposições da área dos animais da quinta, aquariofilia, a parte dos répteis, dos pequenos mamíferos, dos criadores", de aves e animais da quinta, demonstrações, expositores de venda de produtos ou palestras, observou.

Relativamente à presença de empresas e entidades do setor, o gestor salientou que "neste momento, no Pet Festival, estão 80% das empresas que operam no mercado nacional".

Já em termos de visitantes, a organização espera que "40 mil pessoas" passem pela FIL ao longo dos três dias da feira.

"O período de visita é elevado, as pessoas demoram cerca de três horas, três horas e meia dentro do evento, e o que nós pretendemos é que as pessoas se distraiam", apontou Miguel Anjos.

Hoje, já muitos se deslocaram ao Parque das Nações para visitar o certame, a maioria acompanhados pelos seus cães. Quanto aos gatos, só marcarão presença no sábado e no domingo.

Entretanto, já outros animais tomam conta dos dois pavilhões da FIL que estão ocupados pelo Pet Festival, fazendo as delícias e matando a curiosidade a miúdos e graúdos.

Entre eles, os ouriços, que à primeira vista não constituem o típico animal de estimação.

A presidente da Associação Amigos Picudos explicou à Lusa que "o que as pessoas têm ideia de cacheiro é o chamado ouriço europeu, que é um animal da nossa fauna selvagem e é proibido ter como animal de estimação".

Mas existem outras espécies que podem ser animais de companhia, como é o caso do ouriço pigmeu africano, que já faz parte de 100 famílias em Portugal (dados da associação).

Estes animais, que pesam no máximo 500 gramas e têm uma esperança média de vida de cinco anos, "são oriundos de África e, ao contrário do ouriço europeu, não têm capacidade de hibernar, portanto não aguentam o frio e têm de ser mantidos dentro de casa, com temperaturas a rondar os 24 graus", referiu Clarice Rodrigues.

O facto de conhecerem o dono pelo cheiro, serem muito ativos durante a noite ou serem alimentados com comida de gato, são algumas das curiosidades do ouriço pigmeu africano.

Um destes "animais queridos" é o Oreo, que representou a espécie hoje no Pet Festival.

Apesar de ainda só ter três meses, atingirá "a maior idade aos seis", explicou Clarice Rodrigues. Para sábado, está prevista a presença de mais destes animais, que irão participar num concurso de beleza.

Também a adoção de animais e os cuidados com a sua alimentação estão em destaque no Pet Festival.

A especialista em nutrição animal Rita Silva explicou à Lusa que a "principal preocupação [do dono] deve ser conhecer bem o cão ou gato que tem em casa", ao nível da raça, idade, e quais as suas necessidades nutricionais.

"Há que ter cuidado também com a dose de comida disponibilizada. Muitos donos gostam de dar o miminho quando chegam a casa, e nem sempre é o mais aconselhável, muitas vezes desequilibra a alimentação deste animal e pode predispor à obesidade", acrescentou.

Assim, a especialista aconselha os donos a informarem-se junto de um médico veterinário e optarem por uma alimentação à base de ração, em detrimento de comida confecionada em casa.

O Pet Festival permite ainda passeios de pónei para as crianças e "nadar com os peixes" numa televisão ou cabine telefónica adaptada com câmaras.