"O crescimento da economia tem acelerado nos últimos três trimestres. Foi importante dar mais confiança aos consumidores, com reposição de rendimentos, mas é igualmente importante dar mais confiança aos investidores. Tudo isso resultou num crescimento que é equilibrado”, afirmou Manuel Caldeira Cabral esta manhã, em Matosinhos, no âmbito do 14.º Encontro Nacional de Inovação COTEC.

Segundo o ministro, este crescimento da economia “é equilibrado” e “resulta de um aumento das exportações, de um aumento do investimento e também tem uma componente do aumento de consumo”.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou na segunda-feira que a economia portuguesa cresceu 2,8% no primeiro trimestre de 2017 face ao mesmo período do ano passado e, comparando com o trimestre anterior, cresceu 1%.

Este desempenho trimestral homólogo é, assim, o mais positivo dos últimos 10 anos, já que iguala o crescimento verificado no último trimestre de 2007, período em que a economia portuguesa cresceu também 2,8%.

Manuel Caldeira Cabral destacou que Portugal regista “um dos maiores aumentos de emprego desde o novo século”, que foi “conseguido com melhoria do saldo externo e melhoria do saldo das contas públicas, e não criando novos desequilíbrios”.

O ministro defendeu ser necessário “continuar a trabalhar”, sendo que “o crescimento dos próximos anos tem que ser feito pela inovação”.

“Só com mais inovação podemos garantir que há um crescimento e um crescimento que pode criar melhor emprego, com melhores salários”, frisou.

Afirmando que “é importante manter” este crescimento da economia, o governante recordou que o Governo está “também a trabalhar para o médio longo prazo”, com programas como Interface, Start-UP Portugal e Industria 4.0.

“Desde a primeira hora que lançámos programas importantes para o crescimento futuro. A inovação faz-se em primeiro lugar com a ciência”, disse, concluindo que "a inovação faz-se de forma incremental, mas também por vagas".

Para Caldeira Cabral, "se a vaga do passado distante foi a máquina a vapor […] hoje esta vaga é a digitalização, e a Industria 4.0 responde a esse desafio”.