Sabina Hernández solicitou em carta enviada ao ministério para a Transição Ecológica, em Madrid, e às autoridades regionais da Extremadura espanhola “um plano alternativo” para minorar as consequências do previsível encerramento da central nuclear.
A presidente da autarquia estima que os empregos diretos na central de Almaraz são mais de 800 pessoas, com 24 milhões de euros em salários, e os indiretos cerca de 2.900, havendo ainda uma situação de emprego sazonal, em cada fase de recarga, todos os 18 meses, com mais de mil trabalhadores contratados, o que representa mais de cinco milhões de euros em salários.
A Ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera, reiterou a 11 de junho último, numa intervenção na comissão parlamentar sobre a Transição Ecológica, em Madrid, a vontade do Governo socialista, que tinha tomado posse poucos dias antes, de encerrar as centrais nucleares espanholas no final da sua vida útil.
Ribera sublinhou que o executivo espanhol liderado por Pedro Sánchez mantinha a orientação de cumprir com o que estava estabelecido no programa do PSOE (socialistas), de tomar como referência os 40 anos de vida útil desde o início da exploração comercial de uma central nuclear.
Almaraz tem dois reatores nucleares, tendo o primeiro entrado em funcionamento a 01 de maio de 1981 e o segundo a 08 de outubro de 1983.
A atual licença de exploração da central elétrica, que se situa a cerca de 100km de Portugal, numa das margens do rio Tejo, é válida até 08 de junho de 2020.
Diversos grupos de defesa do ambiente em Portugal e Espanha têm contestado a continuação do período de vida da central para além do termo da autorização em vigor.
O Governo português tem manifestado o seu desagrado com a produção de eletricidade através da energia nuclear, mas Lisboa defende que Madrid é soberana para decidir a forma de produzir energia elétrica no seu país.
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