De acordo com o autarca, os operadores marítimo-turísticos têm até 2023 para substituir os motores de combustão por motores elétricos, mas a Câmara quer “antecipar esse prazo” em dois anos.
“Nós criámos um prazo folgado para não criar problemas económicos a ninguém, mas o objetivo é que possamos fazer isto no início do prazo e não no fim do prazo”, afirmou Ribau Esteves.
O presidente da Câmara falava aos jornalistas à margem da sessão de abertura do Techdays, um evento dedicado à tecnologia e inovação, que decorre até 12 de outubro no Parque de Exposições de Aveiro.
Ribau Esteves considerou que a introdução do modo elétrico é “um elemento muito importante de marketing” para a operação marítimo-turística dos moliceiros e lembrou que, apesar dos custos elevados, há fundos comunitários para ajudar a financiar estas operações.
O autarca explicou ainda que os motores que vão equipar as embarcações marítimo-turísticas estão atualmente a ser desenvolvidos na Alemanha.
A ideia para a eletrificação dos moliceiros partiu de um grupo de operadores que está congregado na associação Laguna. Posteriormente, a Câmara integrou essa ideia no projeto “Aveiro Steam City”, para financiar o desenvolvimento do motor e a adaptação da rede de carregamento.
O projeto de requalificação do largo do Rossio, que foi aprovado recentemente, já prevê a instalação de um posto de carregamento para as embarcações em cada cais.
A Câmara irá lançar “muito proximamente” um concurso para a instalação dos sistemas de carregamento nos restantes quatro cais, que estão situados fora da zona do Rossio.
Ribau Esteves anunciou ainda que a autarquia está também a preparar o lançamento de um concurso público internacional para a aquisição de um ‘ferryboat’ elétrico, para substituir o atual ferry equipado com motor de combustão, que deverá representar um investimento de cinco milhões de euros.
Atualmente, de acordo com dados do município, existem 10 operadores marítimo-turísticos, com 27 moliceiros e mercantéis.
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