“Em relação às salas de consumo vigiado físicas, registamos algum atraso no sentido de que é necessário consensualizar com as comunidades e desde logo com as juntas de freguesia onde se vão situar”, afirmou o autarca, em resposta a uma intervenção do deputado do CDS João Condeixa, na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa.

Manuel Grilo, do BE – partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS firmado após as últimas eleições autárquicas -, reforçou que está a ser construído um “ambiente de serenidade” para que as duas salas de consumo vigiado, previstas para o Lumiar e Vale de Alcântara, arranquem simultaneamente, sem, no entanto, revelar quando estima estarem em funcionamento.

“As duas salas arrancarão em simultâneo e, portanto, não haverá aqui precipitação no momento de lançamento das salas, de que será construído ao máximo um consenso ou pelo menos uma abertura por parte de todas as forças vivas daquela comunidade”, reiterou ainda.

Além destas salas fixas, Lisboa vai contar com uma unidade móvel com paragens nas freguesias de Arroios e Beato, conforme avançou à Lusa o vereador Manuel Grilo, responsável pelo pelouro dos Direitos Sociais, em novembro.

Na altura, o autarca explicou que o município não irá divulgar a data concreta em que a carrinha começará a prestar apoio nas ruas da capital, mas apontou que “ao fim de um mês ou dois será feito um balanço de como está a correr”.

Manuel Grilo referiu ainda que estará aberta uma “linha de contacto direto com a polícia”, para que as forças policiais “deixem funcionar a carrinha”, e, ao mesmo tempo, “garantam a segurança das equipas” que estejam a prestar os cuidados aos utentes da unidade.

O autarca destacou hoje que na semana passada teve uma reunião no Observatório Europeu da Droga, de modo a retirar "da sua experiência algumas ideias sobre a metodologia de monitorização e de avaliação" do programa, para o mesmo "possa correr o melhor possível".

O executivo municipal aprovou em novembro a atribuição de apoios financeiros, de cerca de 136 mil euros, à associação Médicos do Mundo, e de cerca 61 mil euros ao Grupo de Ativistas em Tratamentos, “para suporte dos encargos relativos à criação e manutenção” da unidade móvel que irá funcionar como sala de consumo assistido.