De acordo com a proposta assinada pelo vice-presidente da autarquia, João Paulo Saraiva, esta praça, mais conhecida pela população como Sete Rios, “tem a necessidade de se tornar num espaço mais atrativo e seguro, uma vez que comporta um dos interfaces de transportes mais importantes, atravessado por um dos principais eixos viários da cidade de Lisboa”.

“Além do reordenamento de todo o espaço viário, integração na malha urbana do viaduto rodoviário existente e criação de uma nova ‘praça’, será necessário reconstruir um coletor de grandes dimensões na Estrada das Laranjeiras e redimensionar os coletores secundários que confluem neste coletor de grandes dimensões, tanto pela afetação ao nível profundo como pela afetação ao nível superficial”, acrescenta o documento, que vai a votos em reunião privada do executivo municipal.

A proposta de João Paulo Saraiva (Cidadãos por Lisboa, eleito pelo PS) destaca também que este grande coletor pretende mitigar as inundações que se têm registado nos últimos anos, “aquando das grandes chuvadas”.

Um anexo à proposta recorda que naquela zona confluem diversas vias rodoviárias e ferroviárias, existem parques de estacionamento e equipamentos, como o Jardim Zoológico, sendo também um local com uma circulação pedonal de elevada densidade, bem como suscetível a inundações, pelo que é necessário realizar “uma intervenção de fundo” na Praça Marechal Humberto Delgado.

No que diz respeito ao espaço público, prevê-se a “construção de pavimentos pedonais, cicláveis e rodoviários, de paisagismo (estrutura verde), de mobiliário urbano, de sinalização de diversa ordem, de espaços de jogo e recreio”, com o objetivo de tornar a praça “mais amiga do cidadão”.

A intervenção permitirá “fixar pessoas naquela zona, que não apenas por ali transitam, mas que ali se deslocarão e permanecerão para usufruir daquele espaço para lazer, quando antes o único ponto de lazer que ali havia era o jardim zoológico”.

“Obviamente, desta obra resultarão diversas externalidades negativas para os utentes e para a circulação rodoviária em geral daquela zona”, é ressalvado no mesmo anexo.

O concurso público, com publicidade internacional, tem um preço base de 8,5 milhões de euros (sem IVA) e o prazo de execução da obra é de dois anos, aos quais acresce mais um ano para a manutenção de espaços verdes, refere a autarquia.

A adjudicação desta obra, que se realiza no âmbito do programa “Uma praça em cada bairro”, será feita com base no preço da proposta (60%) e no planeamento e execução da obra (40%).