Este novo acordo vem juntar-se a um que já existia desde 2022, perfazendo os dois um total de 800 milhões de euros.

“A Câmara Municipal de Lisboa fechou um novo acordo com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para um investimento em habitação pública que totaliza 800 milhões de euros, sendo 510 milhões de euros financiados até 2028”, lê-se numa nota enviada pela autarquia à agência Lusa.

Segundo a autarquia, dos 322 milhões de euros, cerca de 100 milhões serão destinados a reabilitação da habitação municipal sob gestão da Gebalis – Gestão do Arrendamento da Habitação Municipal de Lisboa.

A Câmara de Lisboa especificou que, desses 100 milhões de euros, 15 milhões serão para continuar o esforço de reabilitação de habitações vagas, beneficiando cerca de 620 frações, e 85 milhões para reabilitar “edifícios com condições de habitabilidade indigna, beneficiando 8.543 habitações e as respetivas famílias residentes”.

Os restantes 222 milhões de euros destinam-se a continuar o esforço de investimento em habitação, entre 2027 e 2028, ou seja, para lá da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com apoio do Orçamento de Estado, acrescentou.

“O município de Lisboa firma assim um ambicioso compromisso para concretizar investimentos necessários na construção e reabilitação de cerca de 14.383 mil habitações até 2028”, é destacado na nota.

Segundo a autarquia, “parte deste investimento está já em concretização, tendo possibilitado, no atual mandato, a atribuição de mais de 1.100 habitações, 487 habitações construídas e 683 habitações reabilitadas”.

Citado na nota, o presidente da Câmara, Carlos Moedas (PSD), sublinhou que a habitação é o maior desafio em Lisboa e uma prioridade para o município, destacando a importância do financiamento agora assegurado junto do IHRU.

“Estamos a dar uma atenção especial aos mais vulneráveis, para garantir que têm uma habitação digna, mas também estamos a apoiar a classe média, para que consiga viver em Lisboa. Queremos uma cidade que não seja só para alguns, mas sim para todos”, afirmou.