"A Santa Casa da Misericórdia tem ajudado na distribuição, as nossas equipas também e à população não está a faltar nada", frisou o autarca, apelando aos portugueses para não doarem mais vestuário, que já "chega para as necessidades".

A alimentação, segundo Valdemar Alves, vai passar a ser distribuída por "packs" semanalmente e as pessoas que ainda não podem cozinhar vão receber refeições confecionadas e distribuídas pela Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande.

A ajuda que está a chegar ao concelho tem sido distribuída pelo município, Santa Casa da Misericórdia e Bombeiros Voluntários, mas o presidente da autarquia pretende concentrar a entrega de apoio numa comissão organizadora, que vai ser liderada por um vereador da Câmara.

"Já não temos lugar para colocar as coisas e a Comunidade Intermunicipal de Leiria vai alugar um pavilhão de 3.000 metros quadrados, porque continua a chegar material, algum da Europa", adiantou o presidente da Câmara.

O autarca adiantou que a reconstrução das primeiras casas vai avançar e "em força", estando desde segunda-feira uma equipa de arquitetos e engenheiros de uma empresa a efetuar gratuitamente o levantamento dos edifícios para desenhar o projeto.

"Vamos começar pelos telhados das casas, que não necessita de projeto aprovado, porque as pessoas não querem sair das suas habitações", sublinhou Valdemar Alves, que considerou "estúpidas" as burocracias de, nesta situação, "cada uma ter um projeto para a Câmara aprovar".

"As pessoas vão para as suas casas muito mais depressa do que as pessoas pensam", sublinhou o autarca, salientando que a tragédia foi inédita, mas a "reconstrução e o grupo de trabalho que tem estado aqui não vão parar".

Quanto aos contributos que possam ser enviados, Valdemar Alves apela à oferta de medicamentos por parte dos laboratórios, alimentos não perecíveis e materiais de construção.

O incêndio que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos.

As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e por Penela.

Este fogo, juntamente com outro que deflagrou no mesmo dia em Góis, que alastrou a Arganil, terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas.

Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

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