“Não é o plano que vem apagar os fogos”, disse aos jornalistas o presidente da autarquia, Valdemar Alves, indicando que aquele instrumento “foi elaborado”, mas “não está ainda aprovado por razões alheias” à vontade do município, no distrito de Leiria.

Segundo o autarca, os meios de defesa da floresta do concelho contra incêndios “estão a funcionar” e têm cumprido “o que está na lei”.

“A culpa de o plano não estar aprovado não é nossa”, sublinhou o presidente da Câmara.

No domingo, em comunicado, a associação ambientalista Quercus alertou que Pedrógão Grande e Castanheira de Pera, os dois municípios mais afetados pelos incêndios de há duas semanas, em que morreram 64 pessoas, “não tinham planos municipais de defesa da floresta contra incêndios aprovados”.

A Quercus exige a “disponibilização pública de todos” estes planos nos sítios da internet do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e dos diferentes municípios.

A associação alerta que “estes planos são essenciais para a prevenção de grandes incêndios e definição da atuação dos meios de combate no terreno”, lamentando que “só mais de uma semana após a ocorrência dos incêndios esta informação tenha sido disponibilizada à imprensa”.