De acordo com a informação publicada no Diário da República, o concurso público relativo à fase 2 da “reparação e adaptação” da escola Infante D. Henrique, a cargo da empresa municipal Domus Social, aponta para trabalhos de 60 dias (cerca de dois meses), com o valor base de 200 mil euros, para garantir “condições mínimas” aos alunos da escola básica do Bom Sucesso.

A empreitada tem por objetivo preparar a transferência dos estudantes da Escola Básica (EB1) do Bom Sucesso, na zona da Boavista, onde a requalificação deve arrancar “no fim do ano” e demorar nove meses, levando os alunos a permanecer no Infante por mais de um ano letivo, segundo revelou à Lusa a Câmara do Porto a 16 junho.

Nessa ocasião, a autarquia explicou que “o tempo estimado de obra” no Bom Sucesso é de “nove meses”, mas uma revisão do projeto inicial levou a adiar o início da empreitada, que começou por estar previsto para setembro, pelo que a requalificação “poderá eventualmente” não estar concluída no arranque do ano letivo de 2019/2020.

Naquela escola, que acolhe 12 turmas do primeiro ciclo e quatro salas do jardim-de infância, o investimento é de quase “um milhão de euros”.

Uma informação da direção do agrupamento de Escolas Infante D. Henrique dirigida na mesma ocasião aos encarregados de educação do Bom Sucesso, e a que a Lusa teve acesso, referia que o início das obras naquele estabelecimento de ensino estava previsto “para janeiro”, pelo que a transferência dos alunos tinha sido agendada para dezembro, na “pausa letiva do Natal”.

A mesma nota indicava ter sido “confirmada” a deslocação de “todas as crianças” para o Infante “durante a intervenção por um período de dois anos”.

Questionada sobre o tema, a autarquia explicou que “o tempo estimado” da empreitada no Bom Sucesso se mantinha “nos nove meses”, o que “não quer dizer que as obras durem dois anos, mas, eventualmente, que não estejam concluídas no arranque do ano letivo de 2019 [e 2020]”.

Para além da mudança relativa ao início das obras, entre março e junho, devido ao diálogo com a comunidade escolar, a autarquia decidiu subir o investimento municipal dos 750 mil para “um valor próximo de um milhão de euros”.

O plano de intervenção revelado em março à Lusa pelo vereador da Educação, Fernando Paulo, incluía a “criação de espaços de recreio coberto” e a demolição do atual JI, instalado num prefabricado onde “será construído um edifício de um andar, mantendo as quatro salas de atividade e áreas de apoio” e “ficando interligado ao edifício contíguo”.

A nova cantina, com instalações modernizadas e ampliadas, vai “permitir o fornecimento de 330 refeições” e o recreio vai ser alvo de uma “requalificação geral”, com “instalação de campos de jogos, equipamentos infantis e zona de lazer”, acrescentou.

Está ainda prevista a “melhor da relação entre os vários edifícios”, “12 Salas de 1.º ciclo”, duas salas de apoio, uma para a UEE (Unidade de Ensino Estruturado para o Apoio à Inclusão de Alunos com Perturbações do Espetro do Autismo), um polivalente/ginásio e um “espaço de portaria/acolhimento”.