“Queríamos ganhar e entramos nesta corrida para ganhar. Mas sempre percebemos que a batalha era muito difícil. Apesar de geograficamente periférico, o país mostrou que tinha capacidade e que cumpria todos os critérios e que o Porto podia receber uma agência desta natureza e dimensão”, afirma o autarca, citado num comunicado enviado pela câmara.
A mobilização nacional pela candidatura à EMA marcou um ciclo “sem precedente”, em que o Governo, o corpo diplomático, o setor da saúde e do turismo, a Câmara Municipal do Porto e a sociedade civil se uniram em torno de uma candidatura que afirmou o Porto como uma cidade “ímpar” no contexto europeu, sustenta.
“A convergência entre todas as forças políticas da cidade e a articulação com o Governo que foi incansável na promoção da candidatura de Portugal. Creio que tudo foi feito para ganharmos e que o país saiu valorizado deste processo”, realça o autarca.
Felicitando Amesterdão pela vitória, a Câmara do Porto lembra que ficou à frente de cidades como Bruxelas (Bélgica) e Lille (França), terminando em sétimo lugar entre as 19 candidaturas apresentadas pelos 27 estados-membros.
“O facto de o Porto se ter posicionado entre as cidades favoritas para acolher uma das maiores agências europeias fez com que a cidade atingisse níveis de notoriedade, prestígio e reconhecimento nunca antes alcançados. Agora estamos ainda mais na mira dos investidores internacionais, para além de sermos um polo turístico de grande importância, hoje somos uma cidade para investir e para viver como há poucas na Europa”, frisa Rui Moreira.
Num primeiro comunicado, ainda antes de a votação ter terminado, a Câmara do Porto felicitou Milão pela vitória, sendo Amesterdão (Holanda) a vencedora, e referiu que o Porto ficou à frente de Roma, não tendo esta cidade italiana sido candidata.
A cidade holandesa de Amesterdão vai acolher a futura sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), ao bater Milão (Itália) por sorteio, após um empate na terceira volta da votação realizada hoje em Bruxelas.
Numa “corrida” na qual participava a cidade do Porto — que foi afastada na primeira volta, ao ser a sétima cidade mais votada -, Milão foi a cidade a reunir mais votos nas duas primeiras voltas, mas na terceira e última ficou empatada com Amesterdão (13 votos cada, já que um dos 27 Estados-membros teve voto nulo), havendo então necessidade de recorrer a um sorteio, tal como previam as regras, e a sorte sorriu à cidade holandesa, indicaram fontes europeias.
A EMA, cuja localização em Londres terá de mudar devido à saída do Reino Unido da UE, conta atualmente com 890 trabalhadores e recebe cerca de 35 mil representantes da indústria por ano.
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