Em declarações aos jornalistas na sede de campanha, na Avenida dos Aliados, o diretor de campanha de Rui Moreira alertou que as indicações de vitória do independente “são projeções”, pelo que “têm de ser lidas com todo o cuidado”.
O diretor de campanha, Nuno Santos, acrescentou que Rui Moreira fará “uma declaração política” por volta “das 21:00, quando houver resultados definitivos e consistentes”.
“Queremos congratular-nos com aquele que era um dos objetivos desta campanha: a diminuição da abstenção. A abstenção baixou no país e baixou no Porto. Esse é, para já, o grande motivo de satisfação”, notou o diretor de campanha do independente que se recandidata à Câmara do Porto, apoiado pelo CDS e pelo MPT.
“Neste momento não temos resultados reais. Temos sondagens e todos sabemos os cuidados a ter com as sondagens”, disse Nuno Santos.
Na sede de candidatura de Rui Moreira, na avenida dos Aliados, houve exclamações de vitória meio tímidas cinco minutos antes das 20:00, mas no momento em que se ouviram as primeiras projeções divulgadas na televisão, confirmando a reeleição do presidente de Câmara, a sala de apoiantes explodiu de alegria.
Nesse momento, gritou-se “Ganhamos!” e “Rui Moreira, Rui Moreira”, ao mesmo tempo que se acenavam bandeiras e o hino da candidatura se ouviu nos altifalantes da sala, na íntegra e bem alto.
Em 2013, Moreira foi eleito presidente da câmara do Porto com 39,25% dos votos (seis vereadores) e, para garantir a governabilidade da autarquia, fez uma coligação pós-eleitoral com o PS (que alcançou 22,68% dos votos), atribuindo pelouros a dois dos três vereadores socialistas eleitos: Manuel Pizarro, agora candidato do PS, ficou com a Habitação e Ação Social, ao passo que Manuel Correia Fernandes tutelou o Urbanismo.
Há quatro anos, o PSD elegeu três vereadores (teve 21,06% dos votos), a CDU um vereador (7,38% dos votos) e o BE nenhum (obteve 3,60% dos votos)
Em 2016, Rui Moreira atribuiu a um dos eleitos pelo PSD, o independente Ricardo Valente, o pelouro da Economia.
Isto permitiu a independente manter a maioria no executivo e continuar a ver as suas propostas aprovadas quando, em maio, a rutura entre o PS e o independente pôs fim à coligação pós-eleitoral com os socialistas, levando-os a entregar os pelouros.
Em maio deste ano, o movimento de Rui Moreira recusou o apoio do PS à sua recandidatura devido a uma alegada tentativa de interferência relativamente aos lugares que os socialistas ocupariam na lista do independente, o que levou o PS a apresentar Manuel Pizarro como candidato próprio à Câmara do Porto.
Candidataram-se à Câmara do Porto o independente Rui Moreira, apoiado pelo CDS-PP e MPT, o socialista Manuel Pizarro, Álvaro Almeida, pela coligação PSD/PPM, Ilda Figueiredo, da CDU, João Teixeira Lopes, do BE, Bebiana Cunha, do PAN, Costa Pereira, do PTP, Sandra Martins, do PNR, e Orlando Cruz, do PPV/CDC.
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