“Já preparámos a queixa contra o ministro Salvini”, afirmou um dos advogados de Carola Rackete a uma rádio italiana, explicando que “não foi fácil fazer um inventário de todos os insultos feitos por Salvini nas últimas semanas”.

Referindo que o ministro italiano, conhecido por criar a regra dos “portos fechados” a refugiados, impulsiona os ódios, o advogado explicou que uma queixa por difamação “é uma maneira de enviar um sinal”.

A capitã do navio humanitário Sea-Watch “infringe as leis e ataca navios militares italianos e, ainda por cima, apresenta uma queixa contra mim”, criticou o ministro italiano nas redes sociais.

“Não tenho medo de mafiosos, quanto mais de uma comunista alemã rica e mimada ... beijos", acrescentou.

O navio da organização não-governamental alemã Sea Watch atracou no final de junho no porto da cidade italiana de Lampedusa sem autorização, invocando o estado de necessidade para desembarcar 40 migrantes, depois de 17 dias no mar.

Carola Rackete foi detida pela polícia italiana “por resistência ou violência contra um navio de guerra”, crime que prevê uma pena de três a dez anos de prisão, mas um juiz italiano invalidou sua prisão, alegando que ela havia agido para salvar vidas.

O juiz encarregue do inquérito preliminar recusou o pedido dos procuradores italianos para manter a prisão domiciliaria, salientou que a capitã alemã estava a “cumprir o seu dever de salvar vidas”.

Durante a crise, Matteo Salvini fez várias declarações e publicou diversos ‘tweets’ furiosos, descrevendo Carole Rackete como uma “criminosa” e uma “pobre mulher que só tentou matar cinco soldados italianos…”.

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