A denúncia foi feita pelo ministro venezuelano de Relações Exteriores, Jorge Arreaza, que explicou que as pressões fracassaram e que o MNOAl aprovou uma moção de apoio ao processo de diálogo na Venezuela.

“Esta cimeira em Caracas foi vítima da pressão da diplomacia norte-americana, alguns diplomatas receberam chamadas e chantagens para que não viessem à Venezuela”, disse Jorge Arreaza.

O ministro falava na Casa António José de Sucre, onde fez um balanço da reunião ministerial do Gabinete de Coordenação do MNOAL, que decorreu em Caracas, preparatória da XVIII Cimeira do Movimento, prevista para outubro no Azerbaijão, altura em que a Venezuela entregará a presidência daquela organização.

Segundo Jorge Arreaza “os EUA pretendem que o governo venezuelano não seja reconhecido nas Nações Unidas” e para isso “têm que contar com a maioria dos votos, mas no MNOAL mais de 120 países apoiam o governo legítimo da Venezuela”.

“Temos um movimento que vai lutar e pressionar pela paz, pelo respeito e pela estabilidade da Venezuela”, disse Jorge Arreaza.

Por outro lado, anunciou que o MNOAL vai ativar “um grupo de trabalho” para “ver como os países enfrentam e superam os efeitos das sanções” impostas pelos Estados Unidos, e inclusive denunciar perante o Tribunal Penal Internacional em Haia.

“O MNOAL aprovou uma moção de apoio ao processo de diálogo na Venezuela, que decorre em Barbados, não vão poder isolar a Venezuela, seremos líderes de um futuro de paz para a humanidade”, frisou.

O ministro referiu ainda que na cimeira estiveram também representantes de organizações e países observadores, alguns dos quais foram convidados pela Venezuela, entre eles da China e da Rússia.

Arreaza explicou que os países do MNOAL vão avançar com “ações concretas” se os Estados Unidos questionarem as credenciais oficiais da Venezuela na ONU e que Caracas tem tido vários encontros com o secretário-geral da ONU, António Guterres, a quem tem manifestado a disposição de aceitar ajuda, através daquele organismo, para atender às denúncias de crise humanitária no país.