Carlos Moedas falava aos jornalistas à margem da festa de Natal da Comunidade Vida e Paz, na cantina da Universidade de Lisboa, onde almoçou com pessoas em situação de sem-abrigo.
“Desde o início defendi uma coligação entre o PSD e o CDS. Primeiro, pela história que temos em conjunto como partido, pelo que fizemos no país, aquilo que construímos. É muito importante essa aliança. Defendo e sempre defendi uma aliança pré-eleitoral entre o PSD e o CDS. Assim fiz em Lisboa”, disse.
Questionado sobre se o PSD não deve procurar o apoio do Chega, em função dos resultados eleitorais das legislativas de 10 de março, Carlos Moedas salientou que nunca fez em Lisboa uma coligação com o partido liderado por André Ventura e garantiu que não o fará.
“Não me identifico e penso que aquilo que é a ideologia do Chega não se identifica com aquilo que é a governação de Carlos Moedas. Temos de respeitar o cansaço das pessoas que votam num partido como o Chega. Essas pessoas estão cansadas da situação atual”, disse.
Para Carlos Moedas, “esse cansaço mostra as falhas da governação”.
“Os votantes do Chega, muitos desses votantes, não votam por convicção nas ideias do Chega. Votam pela situação em que o país está há muitos anos e esta estagnação do PS”, considerou.
Por outro lado, o social-democrata defendeu que o líder do PSD, Luís Montenegro “está a mostrar a sua capacidade e a sua fibra”.
Carlos Moedas esteve presente no segundo dia da festa de Natal da Comunidade Vida e Paz.
No sábado, primeiro dia da iniciativa que decorre até segunda-feira, a Comunidade Vida e Paz recebeu cerca de 550 pessoas em situação de sem-abrigo, doou quatro mil peças de roupa, serviu 1.500 refeições (incluindo as dos voluntários) e as equipas técnicas realizaram 67 consultas médias, 69 rastreios cardiovasculares e administrou 35 vacinas contra a gripe.
A Comunidade Vida e Paz encontra-se a recolher junto de pessoas em situação de sem-abrigo e vulnerabilidade social quais são as maiores necessidades e problemas vividos, para produzir uma carta-aberta a fazer chegar às autoridades competentes.
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