A cerimónia de instalação e posse do presidente e dos vereadores, bem como dos deputados municipais eleitos para a Assembleia Municipal e dos presidentes de Juntas de Freguesia (deputados municipais por inerência), vai decorrer pelas 17:00, na Praça do Município.

Segundo o jornal Público, a criação de transportes públicos gratuitos para jovens e idosos será uma das primeiras medidas do novo presidente da câmara da capital, o que deverá ter o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda.

As outras prioridades passam pela criação de um plano de saúde para idosos carenciados, com mais de 65 anos, através de programas de apoio à saúde com o setor privado, e a devolução de 2,5% do IRS aos residentes em Lisboa que atualmente revertem para o município.

Segundo o diário, estas são as medidas que Moedas vai anunciar no discurso de tomada de posse desta tarde.

Adianta ainda o Público que Carlos Moedas vai assumir o pelouro da transição energética e alterações climáticas. O pelouro da habitação ficará a cargo de Filipa Roseta e o do urbanismo com Joana Castro Almeida, especialista em engenharia do território e professora no Instituto Superior Técnico.

Na semana passada, numa carta dirigida ao presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, José Maximiano Leitão, a que a Lusa teve acesso, Fernando Medina renunciou ao cargo de vereador: “Julgo que é esta a solução que melhor serve os interesses da cidade, o funcionamento das reuniões do executivo da autarquia e a capacidade de a oposição camarária se concentrar no futuro e não no passado”.

Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa pela coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que conseguiu 34,25% dos votos, retirando a autarquia ao PS, que liderou o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos.

Fernando Medina tinha-se recandidatado pela coligação “Mais Lisboa” (PS/Livre).

Segundo os resultados oficiais ainda provisórios, a coligação “Novos Tempos” conseguiu sete vereadores, com 34,25% dos votos (83.121 votos); a coligação “Mais Lisboa” obteve também sete vereadores, com 33,3% (80.822 votos); a CDU (PCP/PEV) dois, com 10,52% (25.528 votos); e o BE conseguiu um mandato, com 6,21% (15.063).

Da lista encabeçada pelo ex-comissário europeu Carlos Moedas foram eleitos vereadores Filipe Anacoreta Correia (presidente do Conselho Geral do CDS-PP), Joana Castro e Almeida (urbanista que vai assumir o pelouro do Urbanismo), Filipa Roseta (que é deputada do PSD na Assembleia da República), Diogo Moura (CDS-PP), Ângelo Pereira (presidente da Distrital de Lisboa do PSD) e Laurinda Alves (jornalista).

Da coligação “Mais Lisboa” foram eleitos para a vereação do município Fernando Medina; a arquiteta Inês Lobo; o vice-presidente cessante da Câmara, João Paulo Saraiva, que tinha como pelouros Finanças, Recursos Humanos, Manutenção e Obras Municipais; a presidente da Lisboa Ocidental SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana, Inês Ucha; Rui Tavares, que foi um dos fundadores do partido político Livre; a vereadora cessante com os pelouros da Habitação e do Desenvolvimento Local, Paula Marques, que foi eleita como independente pelo Movimento Cidadãos por Lisboa; e o vereador cessante da Mobilidade, Segurança, Economia, Inovação e Proteção Civil, Miguel Gaspar.

Com a renúncia de Fernando Medina à vereação no mandato 2021-2025, o 8.º nome na lista da candidatura “Mais Lisboa” pode integrar o executivo — Inês de Drummond, presidente da Junta de Freguesia de Benfica entre 2009 e 2020 e, desde fevereiro de 2020, assessora no gabinete do presidente cessante da Câmara Municipal de Lisboa.

Os dois vereadores eleitos da CDU são João Ferreira e Ana Jara, ambos vereadores no mandato 2017-2021, e a vereadora eleita do BE é Beatriz Gomes Dias.

No mandato que agora termina, o executivo foi composto por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é muita gente), um do BE (com um acordo de governação com o PS), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.

Nos últimos 31 anos o PS governou a Câmara de Lisboa 26 anos e os sociais-democratas assumiram a presidência do município durante outros cinco.

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