Apesar da vitória do partido constitucionalista Cidadãos (direita liberal) com 34 a 37 de um total de 135 lugares do parlamento regional, a soma dos partidos independentistas conseguia obter 67 a 71 lugares, sendo 68 os deputados necessários para obter a maioria absoluta.
A líder do Ciudadanos, que segue na frente, embora longe da maioria. Arrimadas pode conseguir até 37 lugares no parlamento catalão, mas mesmo que se coligasse aos outros partidos unionistas — o PSC (20 lugares) e o PP (5 lugares) — com estas previsões, não conseguiria ter a maioria.
A esperança estaria no Podemos catalão, que pode segurar 7 ou 8 mandatos. Porém, este partido tem uma posição algo ambígua quanto à independência.
Fazendo comparações com as eleições de 2015, o Ciudadanos, de Inés Arrimadas, é, segundo as projeções até agora conhecidas, o que mais cresce, passando de 25 deputados para entre 34 e 37.
Já a CUP (independentistas da esquerda) e o PP (unionistas da direita) são os que mais perdem. O PP cai para mais de metade, perdendo entre 8 e 6 dos seus 11 deputados; e a CUP perde entre 4 e 5 dos seus 10 deputados.
Todavia, não é possível analisar o desempenho do partido de Puigdemont. É que tanto o movimento que lidera incluía, em 2015, também a ERC, que agora concorreu a solo. Ainda assim, os números conhecidos põem a ERC à frente do partido do líder deposto da Generalitat.
Estes cenários baseiam-se numa sondagem publicada pelo diário catalão La Vanguardia. A consulta foi feita por telefone e não à saída das urnas, mas é uma das únicas que está a ser revelada, visto que a maior parte das televisões nacionais decidiram, ao contrário de outras eleições, não organizar sondagens tradicionais.
La Vanguardia indica também uma taxa de participação de 84%, quase 10 pontos percentuais superiores à da eleição anterior, de 2015.
Todos os analistas consideram que esta sondagem dá uma imagem idêntica ao que tem sido noticiado nos últimos dias, mas insistem em pedir muita prudência com esta sondagem, visto tratar de uma consulta feita pelo telefone.
Os catalães votaram hoje, entre as 9:00 e as 20:00 (menos uma hora em Lisboa), para o parlamento regional em eleições em que o bloco de partidos que defendem a unidade de Espanha estão a tentar ultrapassar os que pretendem a independência da região, que na assembleia anterior tinham 72 dos 135 lugares.
A consulta tem lugar pouco menos de dois meses depois de o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, ter destituído o governo regional anterior liderado por Carles Puigdemont por ter feito uma tentativa de secessão da Catalunha.
O ex-presidente catalão acompanhará a noite eleitoral no centro de convenções de Bruxelas, onde se encontra desde a declaração unilateral de independência, juntamente com quatro antigos membros da Generalitat.
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