Falando aos jornalistas no Cais de Sodré, em Lisboa, depois de ter feito a travessia em cacilheiro desde Almada, Catarina Martins reagiu às palavras do líder do PS, António Costa, que, num debate com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que, neste momento, não sente “confiança para dizer” que a geringonça “é uma solução estável”.
“O que determina é sempre a força dos votos das pessoas”, respondeu Catarina Martins.
Segundo a líder do Bloco, “o PS foi a todas as eleições até agora tentando uma maioria absoluta: foi também assim em 2015 e a solução encontrada pela força dos votos foi outra”.
“Em 2019, voltou a querer uma maioria absoluta e, de facto, enfim, depois recusou um acordo sobre o salário, sobre a saúde, com o BE. Está à vista que foi um erro”, frisou.
A coordenadora bloquista frisou que, “com a força” que os portugueses derem à sua formação partidária nas urnas, o BE fará “um acordo de governação para Portugal que resolva os problemas da saúde” e “que respeite quem trabalha”.
“Nós estamos nestas eleições porque o Governo assim escolheu, mas o BE não desiste de uma resposta ao país, e eu tenho a certeza de que há tanta gente em Portugal que quer mesmo salvar o SNS, que quer mesmo acabar com este país em que o salário médio é cada vez mais o salário mínimo e quer garantir dignidade a toda a gente que vive do seu trabalho”, indicou.
Catarina Martins apelou assim a que o BE saia das eleições legislativas como “terceira força política reforçada”, reiterando a disponibilidade para fazer um “acordo de governação que comece precisamente pela saúde e pelo salário”.
“Com um Bloco reforçado como terceira força política, cá estaremos para um acordo de Governo do país que (…) que dê um horizonte de esperança, de solução dos problemas, a quem aqui vive e a quem aqui trabalha”, destacou.
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