A dirigente do BE fez estas declarações na noite de segunda-feira em Monte Gordo, no concelho de Vila Real de Santo António (Algarve), no último de três comícios de verão realizados pelo partido, desde quinta-feira, no distrito de Faro.

Catarina Martins afirmou estar a olhar com “entusiasmo” para a “forma como SNS e a população portuguesa, que confia no SNS, estão a fazer de Portugal um dos países em que a população mais adere à vacinação” e, “mesmo tendo as doses da vacina começado a chegar tarde”, o país ter conseguido ter um “processo de vacinação” dos “mais completos na Europa”.

“Ainda não está tudo feito, mas estamos a fazer esse trabalho e isso deve-se ao SNS, isso deve-se a uma população que sabe que pode confiar no SNS, que é solidária e faz o que pode para sair desta crise”, enalteceu a coordenadora do BE.

A dirigente partidária considerou que esta realidade é um motivo de “orgulho” e enalteceu o trabalho realizado pelos profissionais de saúde para conseguir este objetivo, qualificando-os como “heróis e heroínas”.

“O crédito a quem o deve ter e não esquecemos também como os profissionais do SNS, e todos aqueles que os apoiam todos os dias, estão tão cansados, estão exaustos, com um segundo verão com resposta covid, com a impotência de saberem que não conseguem chegar a todo o lado, todos os dias nos dizem como há tantos tratamentos não covid que não estão a ser feitos e que é preciso fazer”, argumentou.

A líder do Bloco de Esquerda disse que estes profissionais do SNS, serviço que é uma “pérola da democracia”, são “os heróis e heroínas deste país” e alertou para a “responsabilidade” que o país tem de “lhes dar as melhores condições para trabalharem”.

O desemprego e a necessidade de fazer frente à crise económica e social “sem deixar ninguém atrás” também são objetivos que o BE quer ver implementados, indicou.

“Não desistimos de lutar e fazer todos os dias lembrar aqueles que entre nós estão mais vulneráveis”, assegurou, defendendo a necessidade de “proteger quem trabalha” pondo termo à precariedade e considerando que é necessário ter a “coragem de fazer diferente”.

A líder do BE apontou, por isso, a necessidade de ser dada atenção a áreas como a habitação, os transportes e a crise climática e destacou o “papel imprescindível” e “determinante” que as autarquias vão ter na aplicação de 60 mil milhões de euros provenientes da União Europeia, através de mecanismos como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), da Política Agrícola Comum (PAC).

“E a pergunta que temos de fazer é como é que vai ser gasto este dinheiro. Vamos ter autarquias a fazer mais rotundas ou a garantir habitação pública? Vamos ter mais negociatas de PPP ou Ferrovia e transportes coletivos, mais obras mirabolantes, ou creches?”, questionou, num comício que contou com a participação de Celeste Santos, candidata do BE à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.