Este momento tenso aconteceu no debate sobre o estado da nação, no parlamento, na ronda de perguntas a cargo da coordenadora do Bloco de Esquerda ao líder do executivo, que deu respostas em 50 segundos, após uma intervenção inicial de Catarina Martins de cerca de cinco minutos.
“Mário Ferreira, que é conhecido pelo escândalo [das operações] com o navio Atlântida, pelos cruzeiros no Douro, pela compra da TVI, não é só o maior beneficiário dos apoios agora conhecidos do Banco de Fomento. Ele recebe mais do que todos os outros: 40 milhões de euros de investimento público”, referiu Catarina Martins.
Para a coordenadora do Bloco de Esquerda, “tudo é estranho nessa decisão” do Banco de Fomento, já que foi atribuída prioridade a um investimento de “cruzeiros no Ártico, que é uma das zonas mais sensíveis às alterações climáticas”.
“Foi dada prioridade a uma empresa cujo empresário Mário Ferreira está a ser investigado a nível nacional e europeu por branqueamento de capitais e por fuga ao fisco. Foi dada prioridade a uma empresa que é administrada por um ex-assessor do primeiro-ministro, Diogo Lacerda Machado”, prosseguiu Catarina Martins.
A seguir, deixou a pergunta: “Que envolvimento teve o senhor primeiro-ministro nesta decisão?”
António Costa respondeu desta forma: “Sobre a pergunta insultuosa que me dirigiu, a minha intervenção é zero. Foi zero, como muito bem a senhora deputada sabe”.
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