"O CDS acompanha na generalidade a mensagem de Ano Novo do senhor Presidente da República", afirmou Martim Borges de Freitas, presidente da mesa do Congresso do CDS, num vídeo enviado às redações.

O também cabeça de lista do partido por Aveiro considerou que as eleições legislativas "podem na verdade significar um virar de página porque as pessoas são de facto mais livres para poder votar", sustentando que "o voto útil em Portugal deixou de existir" porque desde 2015 "não é necessária a maioria de um só partido para governar, como nem sequer é necessária a vitória de um partido para que seja indicado o primeiro-ministro".

Apontando que "a esquerda esgotou todas as suas possibilidades ao ponto de terem de ser convocadas eleições antecipadas", o dirigente defendeu que "à direita há um partido que torna a mudança possível", sustentando que "o CDS é um partido cujos valores são inquestionáveis, é um partido que se apresentará com propostas concretas e é um partido que é confiável".

"É, portanto, a direita certa. Essa direita certa pode significar a mudança, pode significar o virar de página", salientou.

No que toca à pandemia, um dos assuntos mais realçados pelo Presidente da República na sua tradicional mensagem no arranque de um novo novo, o CDS-PP aproveitou para criticar a gestão do Governo, apontando que "não é com gestão do medo que se resolvem os problemas do país, o primeiro dos quais a recuperação económica e o crescimento económico".

"Quando o senhor Presidente da República fala nos fundos que estão postos à disposição de Portugal e dos portugueses, isso tem de significar crescimento acima da média da União Europeia, isso tem de significar crescimento de Portugal face aos outros países com os quais compete diretamente. E é por isso que a aplicação desses fundos comunitários tem que ser muitíssimo rigorosa", apontou ainda o candidato a deputado.

O Presidente da República apelou hoje a que a próxima Assembleia da República “dê voz ao pluralismo de opiniões e de soluções” e que o Governo garanta “previsibilidade para as pessoas e para os seus projetos de vida”.

Na mensagem tradicional de Ano Novo, proferida no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa abordou as eleições legislativas de 30 de janeiro para defender que os portugueses terão de “decidir a Assembleia da República e o Governo para os próximos quatro anos, uma Assembleia da República e um Governo com legitimidade renovada”.

No seu quinto discurso de Ano Novo desde que tomou posse como Presidente da República, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa falou sobretudo da atual situação pandémica, afirmando que é preciso o país “virar a página”.

O chefe de Estado defendeu que, em 2022, Portugal deve “consolidar o percurso para a superação da pandemia”, considerando que os meses entre janeiro e março serão o “tempo crucial” para fechar “um capítulo da história”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, este tem de ser o ano em que o país reinventa “as vidas congeladas, adiadas, trucidadas pela pandemia”, designadamente através do uso dos fundos europeus, “que são irrepetíveis”, e que devem ser aplicados “com transparência, rigor, competência e eficácia, combatendo as corrupções e os favorecimentos ilícitos”.