"Sabemos que há muitas intervenções a decorrer na cidade de Lisboa em escolas, muitas delas profundamente atrasadas. A lista das escolas que estão a ser intervencionadas é grande, mas a verdade é que olhamos para a execução, e para o calendário da execução, e estamos a falar de execuções que muitas vezes não passam os 10% ou os 30%”, disse Assunção Cristas.

A vereadora e líder do CDS-PP visitou hoje a escola básica O Leão de Arroios, frequentada por alunos do primeiro ciclo. A acompanhá-la uma comitiva, onde estava também a vereadora Conceição Zagalo (CDS-PP).

No final da visita, em declarações aos jornalistas, a autarca apontou que os atrasos nas obras mostram que “a Câmara não tem capacidade de ação e de resolução de problemas concretos do dia-a-dia da vida da cidade, nomeadamente as escolas”.

Numa altura em que falta cerca de uma semana para o início do novo ano letivo, Cristas salientou que “as críticas são muitas”, e que houve “falta de aproveitamento do período de férias para acelerar essas obras” e, por isso, “a verdade é que há obras que se arrastam”.

“E vemos um presidente da Câmara muito criativo noutras matérias. Infelizmente nestas, que são da sua direta responsabilidade e onde podia fazer a diferença para milhares de crianças e famílias, não faz e não dá a atenção e o cuidado devidos”, salientou.

Esta é uma escola que os vereadores do CDS-PP já conhecem porque já não é a primeira vez que a visitam, tendo também já se reunido com a associação de pais.

Segundo Assunção Cristas, as reivindicações apresentadas pelos encarregados de educação prendem-se com questões de segurança das instalações.

A vereadora e líder do CDS-PP denunciou também “dificuldades que têm a ver com as saídas de emergência”, que “não estão adequadas nem são funcionais”.

Durante a visita, foi possível constatar que uma das saídas de emergência estava parcialmente bloqueada pela estrutura da rampa de acesso ao piso superior e outra estava condicionada por uma porta, um corredor estreito e umas escadas.

“São questões conhecidas por nós, estivemos aqui há um ano, sinalizámos, insistimos junto da Câmara, [mas] não estão ainda resolvidas e, por isso, vamos continuar a insistir e a reclamar para que haja intervenções também nesta escola”, afirmou a centrista.

Para Assunção Cristas, “há aspetos estruturais do edifício que são difíceis de resolver”, mas também “há outras que são mais fáceis de resolver, que são competência da Câmara Municipal de Lisboa”.

“A Câmara conhece há muito tempo [estas situações] e nós não compreendemos porque é que continua sem resolver estes aspetos […] de maneira a que as crianças possam estar com mais segurança a viver todos os dias nesta escola”, criticou.

A vereadora do CDS-PP falou ainda em falta de auxiliares, que limita a vivência do espaço.

“Há uma zona grande, um espaço de terraço que não pode ser aproveitado para recreio porque não há vigilantes suficientes. Acabam as crianças por ficar confinadas a um espaço muito mais pequeno”, apontou.