"O CDS faz depender a apresentação ou não de propostas do conhecimento dos textos, tanto do diploma como dos textos das apreciações parlamentares", afirmou o presidente da bancada centrista, Nuno Magalhães.

O líder parlamentar disse que para o CDS "é muito relevante se a fonte de financiamento é a Segurança Social ou se é o Orçamento do Estado" e também a salvaguarda das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e das pequenas e médias empresas (PME), tal como a líder afirmou hoje.

Os centristas discordam do financiamento da medida de reduzir a TSU paga pelos empregadores através da própria Segurança Social, considerando que deve ser financiada pelo Orçamento do Estado.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, sublinhou hoje a importância de proteger e valorizar a concertação social e prometeu uma "posição construtiva e positiva" dos centristas na questão da diminuição da TSU para os empregadores.

Cristas declarou que "o CDS não é de ficar de braços cruzados" perante o "fortíssimo risco" de o acordo de concertação social não ser cumprido, porque "o Governo não criou as condições para que esse cumprimento acontecesse".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o decreto-lei do Governo que estabelece uma descida em 1,25 pontos percentuais da TSU paga pelos empregadores, como medida excecional de apoio ao emprego.

A descida da TSU, contudo, está em risco, porque Bloco de Esquerda e PCP prometeram requerer a sua apreciação parlamentar, para a revogar, e o PSD anunciou que, nesse caso, também votará contra a medida.