Fontes da organização disseram à Lusa que, além das moções apresentadas pelos dois candidatos à liderança - Nuno Melo (Tempo de Construir) e Miguel Mattos Chaves (O Futuro para o CDS - Partido Popular) - foram entregues à Comissão Organizadora do Congresso mais oito moções de estratégia global, documentos que serão votados em alternativa e visam "fixar a orientação geral do partido".
A moção "Trazer a democracia cristã para o século XXI" tem como primeiro subscritor José Seabra Duque, a moção "Visão 22 - 30" é apresentada pelo militante Bruno Costa, a moção "A Soma que dá Um" é apresentada por Octávio Rebelo da Costa e o antigo vereador da Câmara de Lisboa e vogal da comissão política Nuno Correia da Silva entregou a moção "Liberdade".
A tendência Esperança em Movimento apresenta o texto "Recomeçar pelas Bases", a Juventude Popular "Sem medo de avançar", o líder da distrital de Aveiro, Fernando Almeida, subscreve a moção "Pelas mesmas razões de sempre" (o slogan adotado na campanha das eleições legislativas), e a Federação dos Trabalhadores Democrata-Cristãos apresenta a moção "Juntos e solidários por Portugal".
As moções de estratégia global têm de ser subscritas por um mínimo de 300 militantes, assinaturas que serão agora verificadas. Os textos das moções serão divulgados nos próximos dias na área do 'site' do partido dedicada à reunião magna centrista.
As mesmas fontes ligadas à organização do congresso transmitiram à Lusa que não foi submetida nenhuma moção de estratégia setorial. No último congresso foram entregues 11.
A apresentação de uma moção de estratégia não implica, segundo os regulamentos e os estatutos do CDS, uma candidatura à liderança.
No entanto, "as candidaturas à presidência do partido e à Comissão Política Nacional são apresentadas pelo primeiro subscritor de uma Moção de Estratégia Global", refere o regulamento do congresso.
No último congresso, em janeiro de 2020, em que houve cinco candidatos à liderança do partido, foram levadas à reunião magna 12 moções de estratégia global.
O prazo para entrega de moções de estratégia global e também de moções de estratégia setoriais terminou na terça-feira à noite.
O 29.º Congresso do CDS-PP vai eleger o sucessor de Francisco Rodrigues dos Santos, que se demitiu da presidência do partido e não irá recandidatar-se na sequência dos resultados eleitorais nas legislativas de 30 de janeiro, que afastaram os centristas da Assembleia da República.
São candidatos à liderança do partido o eurodeputado Nuno Melo e o vogal da comissão política nacional Miguel Mattos Chaves.
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