Pelo menos 2160 pessoas abandonaram suas casas e outras 680 ficaram presas no noroeste da Colômbia, face a possíveis confrontos entre a guerrilha ELN e um grupo narcotraficante de origem paramilitar, informou neste sábado a delegação local de assuntos humanitários da ONU.

Mais de 2800 civis, de comunidades indígenas e afrocolombianas, sofrem "a crise humanitária e complexa situação de segurança" devido à presença das "Autodefensas Gaitanistas de Colombia (AGC) na zona rural do município de Alto Baudó (Chocó)", indicou em comunicado o Delegação de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).

"O medo das comunidades face a possíveis confrontos com outros grupos armados com presença no território (Exército de Libertação Nacional, ELN), assim como recentes ameaças (...) provocaram esta emergência", acrescenta o texto.

Palco de guerra do violento conflito armado colombiano, o departamento do Chocó tem uma posição estratégica para a saída de cocaína para os Estados Unidos através do Pacífico e também para o cultivo de narcóticos.

Entre 2017 e 2018 houve 21.100 deslocados neste departamento, segundo o registro oficial de vítimas.

Reconhecida como a última guerrilha na Colômbia após o acordo de paz que levou ao desarmamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), o ELN conta com cerca de 2.300 combatentes e uma extensa rede de apoio em pontos urbanos.