A informação foi confirmada pelo responsável pelas relações institucionais da central de Almaraz, Aniceto González, em declarações à Europa Press, que explicou que hoje foi entregue a documentação e que posteriormente a central tem até 2019 para pedir oficialmente a renovação da licença, que expira em 08 de junho de 2020.
A agência privada de notícias explica, citando González, que a central entregou toda a documentação para a renovação da licença ao Ministério da Indústria espanhol, que por sua vez a reencaminhará para o Conselho de Segurança Nuclear.
Será o Conselho que deverá iniciar o processo de análise e avaliação sobre o pedido e elaborar um parecer sobre a continuação ou não do funcionamento, que enviará ao Governo.
A última licença de renovação da Central foi dada pelo Ministério da Indústria a 08 de junho de 2010, por um período de 10 anos. Agora, em caso de o pedido ser aceite, não se sabe por quantos anos será licença, disse o responsável, citado pela agência.
Sobre a questão de Almaraz, polémica em Portugal dada a proximidade da fronteira, o ministro do Ambiente disse hoje que atualmente “não há nada a discutir”, depois de o assunto ter sido debatido na recente cimeira ibérica.
Dias depois da cimeira, que se realizou em 29 e 30 de maio, "o governo espanhol tornou pública a [intenção] de não se comprometer com qualquer decisão relativamente ao nuclear enquanto não elaborar um plano de energia e clima, o que acontecerá durante o ano 2018", disse o ministro.
Para sábado, em Madrid, está marcada uma manifestação contra a continuação de centrais nucleares que tem a presença de organizações portuguesas
A possibilidade de a central de Almaraz, localizada junto ao rio Tejo e a cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa, ter licença para prolongar o funcionamento além de 2020 e a construção de um armazém para resíduos nucleares perto da unidade, tem suscitado oposição em Portugal e em Espanha.
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