O diretor executivo da Rangel Logistics Solutions, Nuno Rangel, disse que a plataforma vai criar cerca de 60 postos de trabalho e estará a laborar a 100% “dentro de dois a três meses”.

“É um projeto que nasceu de uma necessidade da Bosch e para servir a Bosch. Viemos pela mão da Bosch, que nos lançou o desafio e cá estamos”, referiu.

Aquela plataforma rececionará as matérias-primas necessárias para a laboração da fábrica de Braga da Bosch e recolherá também os produtos acabados da empresa, para dali seguirem rumo aos clientes.

“A Rangel é uma aposta segura. A sua experiência e ‘know-how’ [conhecimento] dão-nos a confiança de que esta parceria poderá contribuir para a consolidação da competitividade da Bosch e de Portugal como fornecedor global”, disse Lutz Welling, administrador comercial daquela empresa alemã em Braga.

Segundo Nuno Rangel, a plataforma, instalada no Mercado Abastecedor de Braga, poderá vir a servir outras empresas da região.

Para o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, aquele centro logístico, além de potenciar um espaço devoluto no Mercado Abastecedor de Braga, irá colmatar uma lacuna daquele que classificou como sendo, “informalmente, o terceiro concelho mais exportador do país”.

“Esta é uma organização logística de que Braga carecia”, sublinhou o autarca.

Construído de raiz e com cerca de 6.500 metros quadrados, o centro de operações de logística industrial estima armazenar, por ano, 11.300 paletes, 11 milhões de caixas e 7.300 camiões de 25 toneladas.

Resulta de um investimento conjunto entre a Rangel e o Mercado Abastecedor de Braga de cerca de 8,5 milhões de euros, a cinco anos.

A Rangel Logistics Solutions espera que dentro de dois ou três anos a plataforma de Braga “já esteja totalmente tomada pela operação da Bosch”, admitindo que na altura esteja já a pensar num novo projeto para a região.

Paralelamente, tem no seu plano de investimentos a curto prazo o reforço ou a criação de novas estruturas no grande Porto, Aveiro e Setúbal.

Com 1.500 colaboradores diretos, a Rangel registou, em 2017, um volume de faturação de 170 milhões de euros, com 263 mil metros quadrados de área logística.