A informação é avançada por várias agências noticiosas, que lembram que os procuradores de Munique ordenaram buscas à casa de Stadler, no âmbito da investigação, e que um total de 20 pessoas são suspeitas no caso.
As suspeitas em torno de Stadler centram-se no caso dos carros vendidos na Europa que terão sido equipados com software, que altera os registos das emissões poluentes.
A Volkswagen tinha assumido a culpa no processo ‘dieselgate’ nos Estados Unidos, com dois responsáveis do grupo a cumprirem pena de prisão.
A representante da marca em Portugal, a SIVA, questionada pela Lusa sobre a detenção, respondeu que não irá fazer comentários.
Stadler é CEO da Audi desde 2007 e membro do conselho do Grupo Volkswagen desde 2010. Desde o início do caso de "dieselgate" que vários acionistas minoritários têm pedido para Stadler se demitir. Contudo, no ano passado a Volkswagen estendeu o seu contrato por mais cinco anos e, em abril, promoveu-o, delegando-lhe a tarefa de dirigir uma nova secção de carros "premium", com responsabilidade de vendas no grupo.
A procuradoria de Braunschweig impôs, na semana passada, uma multa de mil milhões de euros pela manipulação de emissões de gases em motores movidos a gasóleo (diesel) ao grupo automóvel alemão, que informou que não iria recorrer.
Em maio deste ano, O ex-CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn, foi também acusado nos Estados Unidos de fraude pelo seu papel no escândalo “dieselgate” da gigante alemã Volkswagen.
No ano passado, a Volkswagen concordou em declarar-se culpada por importar ilegalmente quase 600 mil veículos equipados com dispositivos para contornar os padrões de emissão.
Em todo o mundo, cerca de 11 milhões de veículos foram afetados pela fraude cometida pelo grupo Volkswagen, dos quais oito milhões na Europa.
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